sábado, 24 de abril de 2010

A Terra Verdejante

Ana sentou-se no banco de jardim ainda mal refeita do grande susto que apanhara. O coração batia fortemente e a imagem daquela mulher carregada de ódio e raiva não lhe saiam da memória. Dezoito anos acabados de fazer, o corpo ainda flamejante, tivera a infeliz ideia de se atrever a enfrentar as convenções e aceitara o convite de João para ir ao baile.





Sentada numa cadeira que o tempo já descorara Rosa remoía as suas dores e na sua cabeça passavam as imagens de uma vida completa. Nascera em pleno fascismo, transportava com ela o lema: "saber ler, escrever e contar".



Teresa era ainda uma mulher bonita